Histerectomia Vaginal  

A Remoção do Útero Sem Cicatrizes

 

A histerectomia ou cirurgia para remoção do útero, é uma das cirurgias mais realizads nas mulheres no mundo inteiro. Suas principais indicações são:

 

1 - O aumento do volume uterino que provoque sintomas de compressão nos órgãos vizinhos, na maioria das vezes causado por tumores beignos conhecidos como miomas ou fibromas, ou uma infiltração na parede do órgão conhecida como adenomiose.

 

2 - Hemorragias de origem uterina - meno ou metrorragias - causadas por estes mesmos aumentos de volume citados ou por causas diversas, principalmente as disfunções hormonais. São três as vias pelas quais as mulheres podem ter seus úteros enfermos removidos numa cirurgia:

   

   A - Transvaginal: a mais antiga de todas. Sua introdução ocorreu numa época em que não existiam a anestesia (as cirurgias eram com dor e nem se conheciam as causas das infecções pós-operatórias; também não se tinha meios eficientes de combatê-las, pois não haviam sido descobertos os antibióticos. Abrir-se um abdômen naquela época, equivalia quase sempre a uma sentença de morte.

 

   B -  Transabdominal: a partir das descobertas da anestesia e da antissepsia na segunda metade do século XIX (conhecido por isso mesmo como o Século dos Cirurgiões), aumentou a segurança das cirurgias abdominais, sendo que a histerectomia por via transabdominal tornou-se mais segura e a mais praticada no mundo inteiro.

 

   C - Videolaparoscópica: introduzida em 1988 nos Estados Unidos, consistia (assim como os cirurgiões gerais já faziam para a retirada da vesícula biliar) na histerectomia por uma abordagem minimamente invasiva, sem cortes no abdômen, mas sim orifícios por onde óticas, microcâmeras e instrumental cirúrgico eram introduzidos, permitindo ao cirurgião operar olhando para um monitor de vídeo. Porém após desconectado de seus ligamentos e vasos, o útero precisava ser removido da cavidade abdominal ainda sem cortes. Optou-se por fazê-lo pela vagina, abertura natural dos genitais femininos.

 

As evidências disponíveis, mostram que a histerectomia transvaginal é tão ou menos invasiva do que a videolaparoscópica porque:

 

1 - Também não necessita de cortes (cicatrizes) abdominais.

2 - Permite a recuperação mais rápida da paciente, com alta precoce e retorno prematuro ao trabalho.

3 - Menos dolorosa e, sem possibilidade de hérnia pós-operatória.

4 - Por último mas não menos importante, exige um custo muito menos, tanto hospitalar como médico, por não necessitar equipamento sofisticado, caro e de duração efêmera. A via vaginal necessitaria ter as suas vantagens mais divulgadas entre as pacientes, bem como ser mais praticada pelos ginecologistas. Porquê isto não ocorre? Tendo sido muito pouco realizada e ensinada a gerações de médicos, durante muitos anos, sua prática foi descontinuada. Tudo indica que dentro de alguns anos, a histerectomia transvaginal será considerada por médicos e pacientes como a maneira ideal para a remoção uterina, sendo as outras vias preservadas para indicações mais precisas e raras.

 

 

 

 

 

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