HPV  

O que é HPV ?

É a sigla em inglês para papiloma vírus humano. Os HPV são vírus, capazes de provocar lesões de pele ou mucosa. Na maior parte dos casos, as lesões têm crescimento limitado e habitualmente regridem espontaneamente.

 

Qual a relação entre HPV e o câncer do colo do útero

Existem mais de 200 tipos diferentes de HPV. Eles são classificados em de baixo risco de câncer e de alto risco de câncer. Somente os de alto risco estão relacionados a tumores malignos.

 

Quais são eles ?

Os vírus de alto risco, com maior probabilidade de provocar lesões persistentes e estar asociados a lesões pré-cancerosas são os tipos 16, 18, 31, 33, 45, 58 e outros. Já os HPV de tipo 6 e 11, enontrados na maioria das verrugas genitais (ou condilomas genitais) e papilomas laríngeos, parecem não oferecer nenhum risco de progressão para malignidade, apesar de serem encontrados em pequena proporção em tumores malignos.

  

Os HPV são facilmente contraídos ?

Estudos no mundo comprovam que 50% a 80% das mulheres sexualmente ativas serão infectadas por um ou mais tipos de HPV em algum momento de suas vidas. Porém, a maioria das infecções é transitória, sendo combatida espontaneamente pelo sistema imune, principalmente entre as mulheres mais jovens. Qualquer pessoa infectada com HPV desenvolve anticorpos (que poderão ser detectados no organismo), mas nem sempre estes são suficientemente competentes para eliminar os vírus 

 

Como os papilomasvírus são transmitidos ?

A transmissão é por contato direto com a pele infectada. Os HPV genitais são transmitidos por meio das relações sexuais, podendo causar lesões na vagina, colo do útero, pênis e ânus. Também existem estudos que demonstram a presença rara dos vírus na pele, na lainge (cordas vocais) e no esôfago. Já as infecções subclínicas são encontradas no colo do útero. O desevolvimento de qualquer tipo de lesão clínica ou subclínica em outras regiões do corpo é bastante raro 

 

Como são essas infecções ?

As infecções clínicas mais comuns na região genital são as verrugas genitais ou condilomas acuminados, popularmente conhecidas como "crista de galo". Já as lesões subclínicas não apresentam nenhum sintoma, podendo progredir para o câncer do colo do útero caso não sejam tratadas precocemente.

 

 

 

Como as pessoas podem se previnir dos HPV ?

O uso de preservativo (camisinha) diminui a possibilidade de transmissão na relação sexual (apesar de não evitá-la totalmente)> por isso, sua utilização é recomendada em qualquer tipo de relação sexual, mesmo naquela entre casais estáveis.

 

 Como os papilomavírus podem ser diagnosticados ?

As verrugas genitais encontradas no ânus, no pênis, na vulva ou em qualquer área da pele podem ser diagnosticadas pelos exames urológico (pênis), ginecológico (vulva) e dermatológico (pele). Já o diagnóstico subclínico das lesões precursoras de cancêr do colo do útero, produzidas pelos papilomavírus, é feito através do exame citopatológico (exame preventivo de Papanicolau). O diagnóstico é confirmado através de exames laboratoriais de diagnóstico molecular, como o teste de captura híbrida e o PCR. 

 

Quais os riscos da infecção por HPV em mulheres grávidas ?

A ocorrência de HPV durante a gravidez não implica obrigatoriamente numa má formação do feto nem impede o parto vaginal (parto normal). A via de parto (normal ou cesariana) deverá ser determinada pelo médico após análise individual de cada caso. 

  

É necessário que o parceiro sexual também faça os exames preventivos ? 

O fato de ter mantido relação sexual com uma mulher infectada pelo papilomavírus não significa que obrigatóriamente ocorrerá transmissão da infecção. De qualquer forma, é recomendado procurar um urologista que será capaz - por meio de peniscopia (visualização do pênis através de lente de aumento) ou do tete de biologia molecular (exame de material colhido do pênis para pesquisar a presença do DNA do HPV), identificar a presença ou não de infecção por papilomavírus. 

 

Qual o tratamento para erradicar a infecção pelo papilomavírus ?

A maioria das infecções é assintomática ou inaparente e de caráter transitório. As formas de apresentação são clínicas (lesão exofíticas ou verrugas) e subclínicas (sem lesão aparente). dirversos tipos de tratamento podem ser oferecidos (tópico, com laser, cirúrgico). Só o médico, após a avaliação de cada caso, pode recomendar a conduta mais adequada. 

 

Qual é o risco de uma mulher infectada pelo HPV desenvolver câncer do colo do útero ?

Embora estudos epidemiológicos mostrem que a infecção pelo papilomavírus é muito comum (de acordo com os últimos inquéritos de prevalência realizados em alguns grupos da população brasileira, estima-se que cerca de 25% das mlheres estejam infectadas pelo vírus), somente uma pequena fração (entre 3% a 10%) das mulheres infectadas com um tipo de HPV com alto risco de câncer desenvolverá câncer do colo do útero.

  

Há algum fator que aumente o risco de a mulher desenvolver câncer do colo do útero ?

Há fatores que aumentam o potencial de desenvolvimento do câncer de colo do útero em mulheres infectadas pelo papilomavírus; número elevado de gestações, uso de contraceptivos orais (pílula anticoncepcional), tabagismo, pacientes tratadas com imunosupressores (transplantadas), infecção pelo HIV e outras doenças sexualmente transmitidas (como herpes e clamídia).

 

 

AS VACINAS CONTRA O HPV

 

 O que é a vacina contra o HPV?

É a vacina criada com o objetivo de previnir a infecção por HPV e, dessa forma, reduzir o número de pacientes que venhan a desenvolver câncer de colo de útero. Apesar das grandes expectativas e resultados promissores nos estudos clínicos, ainda não há evidência suficiente da eficácia da vacina contra o câncer de colo do útero. Foram desenvolvidas duas vacinas contra os tipos mais presentes no câncer de colo do útero (HPV-16 e HPV-18). Mas o real impacto da vacinação contra o câncer de colo de útero só poderá ser observado após décadas. Há duas vacinas comercializadas no Brasil. Uma delas é quadrivalente, ou seja, previne contra os tipos 16 e 18, presentes em 70% doa casos de câncer de colo do útero e contra os tipos 6 e 11, presentes em 90% dos casos de verrugas genitais. A outra é específica para os subtipos 16 e 18. 

 

Como a vacina funciona ?

Estimulando a produção de anticorpos específicos para cada tipo de HPV. A proteção contra a infecção vai depender da quantidade de anticorpos produzidos pelo indivíduo vacinado, a presença destes anticorpos no local da infecção e a sua persistência durante um longo período de tempo. 

 

Existe o risco de infecção pela vacina ?

Não. No desenvolvimento da vacina conseguiu-se identificar a parte principal do DNA do HPV. Depois, usando-se um fungo, obteve-se apenas a "capa" do vírus, que mostrou induzir fortemente a produção de anticorpos quando admistrada em humanos. 

 

Qual o tempo de proteção após a vacinação ?

A duração da imunidade conferida pela vacina ainda não foi determinada, visto que só começou a ser comercializada no mundo há cerca de dois anos. até o momento, só se tem convícção de cinco anos de proteção. na verdade, embora se trate da mais importante novidade surgida na prevenção à infecção pelo HPV, ainda é preciso delimitar qual seu alcance sobre a incidência e a mortalidade do câncer de colo do útero. 

 

A forma como as informações sobre o uso e a eficácia da vacina têm chegado à população brasileira é adequada ?

Não. É preciso que fabricantes, imprensa, profissionais e autoridades de saúde estejam conscientes de sua responsabilidade. É imprescindível esclarecer sob que condições a vacina pode ser tornar um mecanismo eficaz de prevenção para não gerar uma expectativa irreal de solução do problema e desmoralizar a sociedade e seus agentes com relação às políticas de promoção e prevenção que vem sendo realizadas. Deve-se informar que, segundo as pesquisas, as principais beneficiadas serão as meninas antes da fase sexualmente ativa, que as mulheres deverão manter a rotina de realização do exame de Papanicolau e que, mesmo comprovada a eficácia da vacina e sua aplicação ocorra em larga escala, uma redução significativa dos indicadores da doença pode demorar algumas décadas.

 

Para saber mais sobre o HPV, Clique AQUI

 

Fonte: INCA - Governo Federal

 

 

 

 

 

 

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